Organizadores da petição que pede o
impeachment do presidente do Senado planejam estender uma bandeira de
150 m² diante do Congresso Nacional, amanhã, às 13h; mais de 1,6 milhão
de assinaturas foram recolhidas contra o peemedebista, que julgou o
movimento “lícito e saudável”
O protesto iniciado na internet contra o
presidente do Senado, Renan Calheiros, promete fazer mais barulho fora
do mundo virtual. Os organizadores da petição que pede o impeachment do
peemedebista planejam estender uma bandeira de 150 m² diante do
Congresso Nacional, amanhã, às 13h. Na ocasião, a Avaaz, associação que
realiza campanhas na internet, pretende entregar 1,6 milhão de
assinaturas contra Renan a senadores. Um helicóptero será colocado a
disposição para que a imprensa possa fotografar a faixa.Segundo
informações da Folha, Pedro Taques (PDT-MT), derrotado por Renan na
eleição no Senado, Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Eduardo Suplicy
(PT-SP), Aloysio Nunes (PSDB-SP) e João Capiberibe (PSB-AP) receberão um
cartaz com a petição.O presidente do Senado comentou, em nota oficial, o
manifesto na internet que pede a sua saída do cargo. No texto, ele diz
que o movimento é “lícito e saudável” e “indica que a sociedade quer um
Congresso mais ágil e preocupado com os problemas dos cidadãos”.Veja a
íntegra da nota:”A mobilização na Internet é lícita e saudável,
principalmente, entre os jovens. Fui líder estudantil, todos sabem, e
também usei as ferramentas da época para pressionar. O número de
assinaturas não é tão importante quanto a mensagem, o que importa é
saber que a sociedade quer um Congresso mais ágil e preocupado com os
problemas dos cidadãos. E assim o será.O Congresso Nacional vai
trabalhar para garantir o maior desenvolvimento do Brasil. Vou conversar
na segunda-feira com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves,
para que possamos colocar em votação as matérias necessárias ao
crescimento do país, de forma sustentável e duradoura.Temos que tornar o
Brasil mais fácil, fazer a reforma tributária, política, propor medidas
de combate à criminalidade, enfrentar a questão dos vetos.Do ponto de
vista administrativo, teremos no Senado uma gestão austera, com corte de
gastos, transparência e o fim da redundância de estruturas.Vamos
convidar o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco
Central, Alexandre Tombini, para avaliar como, juntos, poderemos ajudar a
economia do país, ajudar na geração de empregos e renda e afastar o
fantasma da inflação.Nas últimas décadas, o Brasil avançou bastante nos
conceitos modernos, ganhamos prestígio internacional. E o Congresso
Nacional teve papel decisivo nesse processo. Não podemos recuar no tempo
e abrir mão dos avanços conquistados.Renan CalheirosPresidente do
Senado Federal”